Nandadornelles's Blog

Archive for March 1st, 2010

É uma graça mesmo. O ser humano e a dádiva da vida.

Te convido para um exercício; A arte de se desmarcarar. Dê nome aos personagens a medida em que você puder. Essa não é a história da Fulana ou da Beltrana. Essa é a história da menina e da senhora, é a história da humanidade.

A gente tem uma missão a cumprir. Nobre, evidente. Mas no meio do caminho, as vezes até antes, a gente se arrepende e começa a inventar coisas pra se distrair. É por isso que homem tem “bimbim”e meninas são inquietas.

Para encarar nossos medos de todos os jeitos, a gente pegou o costume de revestir eles de sentimentos. Uns mais evidentes outros discretos mas muito potentes. São diferentes partes do nosso eu trabalhando tão sigilosamente que nem sabemos dos acordos íntimos de revolta e insurreição. Da rebeldia à gastrite e a má digestão. Cegos, ignorantes nos conduzimos rumo ao nosso próprio pressipício, à rua sem saída, o medo da inquisição.

Não adianta dizer que não. Você também vai chegar lá, no ponto pensado-primeiro-alto do podium, a medalha pelos personagens já desvendados nos jogando na cara o preço de se manter acorrentado. A gente se vê diante do previamente contrato e, fingindo surpresa, se diz injustamente ameaçado.

Vamos falar do que acontece na prática?! É quando você persegue padrões de comportamento só pelo comprometimento com uma parte mais decente de si mesmo em procurar a liberdade. A liberdade de fazer o que bem entender, de poder se jogar de cabeça em qualquer coisa entre impulso e tesão, é a audácia de se pensar solução.

Liberdade que se acaba cada vez que se exercita. Exatamente onde mora tudo o que nos excita; sexo, amor e traição. A satisfação do ego em ser o centro da atenção. É ver de perto a transformação de um simples errante em platônico ser amante. Uma falha na personalidade evidenciando o amor e sua fragilidade. E pior do que se ver encantada pelo vizinho, o melhor amigo ou a mulher casada, é admitir a distância que ainda nos separa da verdade mais sagrada. Dismistificar o amor é aceitar a crueldade, a perversidade da criação de papéis que se retro-alimentam em necessidade.

Se tivéssemos nascido livres para amar em totalidade, sem a hipocrisisa da separação absurda do um e do outro. Somos todos um, se manifestando no outro que chega de mansinho se mostrando tão lindo a ponto de nos fazer perder em beijos, línguas e movimentos sussurrantes.

Corruptíveis. Tudo o que há de melhor nós queremos. Não aceitamos menos. O que esbarra diretamente na dor de encarrar nossos medos. E se não falamos da mentira descoberta, se vamos mais fundo, encontramos o medo de justificar nossa existência negando nossas mais marcantes tendências. A arte de transformar a vida em penitência.

Ser humano é limitado e até como prova da sua limitação, aceita sem questionar a noção mais errada de tempo e se prende ao resultado de uma vida ao invés de se integrar com o que não envelhece; nunca morre, nunca nasce. Um mergulho na essência. Falar do que não se pode ver ou tocar revela as raízes da descrência.

Separados, desesperados, buscamos o outro, cheio de charme, cheio de encanto, esperançosos nos acolhemos e mendigamos qualquer forma de sentimento. Vestimos de correto e seguimos adiante, no mínino, prontos a cometer um adultério.

As vezes, do auge da iluminação, da luz que entra pela janela da maior realidade mas logo se fecha e nos joga de volta ao sopro frágil inerente de tudo o que já nasce doente. E pra quem acha que, efim, encontrou a solução, da noite para o dia, o coração passa a bater descompassado, jogando na cara o tamanho do movimento mais perverso. A síndrome do sapo encantado.

Uma bola de neve. O que não pode ser feito porque reforça padrões de incoscistência revelam a importância da meta, um senso básico de direção. Sexualidade é muito bom, mas se for isolada, não me leva a nada. Eu quero amor e respeito. E você vai continuar se contentando com o que eles tem a oferecer por quê?


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